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Desafios dos professores em tempos de distanciamento social.

Desafios dos professores em tempos de distanciamento social.

Em primeiro lugar parabenizamos todos os professores que acreditam que a salvação só virá através do conhecimento, que se reinventam a cada dia oferecendo ao aluno um pedaço de si, em cada aula, presencial e virtual, em cada livro e em cada ideia compartilhada.

Devido à pandemia pelo Covid-19, os professores ficaram afastados das escolas, mas se reinventando no preparo de aulas online; uns até adoecendo para conseguir uma rápida adaptação a esse novo mundo tecnológico. Tudo isso para ser possível realizar o que lhes cabe: levar a aprendizagem ao aluno.

Os professores realmente estão enfrentando desafios complexos e se superando a cada dia. Claro, isso ainda está longe de acabar, outros desafios chegam com as aulas que aos poucos voltam a ser presenciais.

O exercício da profissão sempre foi muito instigante, sendo que a maioria dos professores sempre demonstrou muito empenho e dedicação, diante de uma profissão pouco reconhecida, tanto financeiramente como emocionalmente. Hoje será necessário manter a saúde mental em dia, para enfrentar o que se impõem; alguns desafios limitantes quando ligados as condições de vida precárias de seus alunos, outros formidáveis, como a realização virtual de aulas a partir das telas dos computadores.

Professores como heróis frente à Pandemia

A pandemia como acontecimento global exigiu o distanciamento em massa, remodelando planos de ação em curso e cobrando imediatas e eficientes respostas das entidades reguladoras da educação em todo o país.

Os professores empenhados na formação do aluno têm como objetivo maior dar competência para que os alunos escolham sua jornada profissional, busquem sua emancipação e autonomia, sejam críticos e aptos a tomar decisões para sua vida em sociedade. Para além de suas rotinas e metas, se depararam em abril/2020, com esse revés em dar continuidade a Educação, mesmo a despeito de todo o distanciamento social.

Em função da urgência e da necessidade, em um curto período de tempo, toda a comunidade escolar passou por uma aceleração e uma imersão em um mundo de conhecimento e competência que, por vezes, não se havia dado a real importância e que, em ritmo normal de processo, levaria bem mais tempo para se concretizar.

“A responsabilidade ética, política e profissional de quem ensina lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação e sua experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer formação permanente”. (Freire, 2003, p. 28)[1]

A tecnologia hoje é onipresente em diversos aspectos, desde a maneira como é acessada, pela troca de conhecimentos e informações, como na forma que nos comunicamos. Será necessário fazer bom uso dessa tecnologia para facilitar a forma como será o método de ensino daqui para frente[2].

Nesse cenário de rápida mudança, a escola e a educação[3], através dos professores, precisam se envolver com os recursos da tecnologia, as inovações metodológicas e a realidade virtual, alvo muitas vezes de resistências. Ao mesmo tempo, esse período se evidencia pela incontestável percepção de que o papel de mediação que exerce os educadores, não pode ser substituído pelas tecnologias. Nesse sentido percebe-se mais uma vez, o quanto as relações sociais são essenciais no processo educativo.

A Unicef [4](2020) declarou que para construir uma força de trabalho para o corpo docente em tempos de crise, todos os professores devem estar equipados com habilidades digitais e pedagógicas para ensinar remotamente, online e por meio de aprendizagem combinada ou híbrida, seja em ambientes de alta, baixa ou nenhuma tecnologia. Reforça que os Governos devem garantir a disponibilidade dessa infraestrutura digital, com conectividade em todos os lugares, inclusive em áreas mais remotas, para que seja possível viabilizar essa demanda. Que venha realmente todas essas exigências, mas que venham acompanhadas de recursos para a formação global do professor para essa nova era.

Desafios Pós-Pandemia

Um dos desafios mais impactantes à medida que as escolas são reabertas, é identificar quais foram as experiências dos alunos com o distanciamento social, questões essas que só virão à tona, quando as crianças começarem a se abrir novamente com os professores.

Algumas crianças e jovens terão parentes ou amigos que morreram durante o confinamento, devido ao coronavírus ou outras doenças. Ainda mais pessoas terão conhecimento de um parente ou amigo que ficou gravemente doente ou hospitalizado. Para outros jovens, haverá outras perdas, como: pais que perderam o emprego, mudança de casa; de escola, ou o distanciamento de figuras importantes em suas vidas, como avós. Muitas crianças e jovens já viviam em circunstâncias não adequadas em suas casas, talvez ambientes domésticos com violência, negligência e outros abusos, que devem ter intensificado nesse período.

O professor deixou de ser presença física para ser virtual com a responsabilidade de saber incluir seus alunos nos diferentes contextos, pois cada um tem sua realidade de vida social e tecnológica. Antes, os professores já faziam essa leitura e exerciam seu papel de mediador, nesse sentido, terão agora que compreender e dominar a tecnologia e usá-la a favor dele mesmo e de seus alunos, promovendo um diálogo entre as partes envolvidas, que engloba tanto a família como a escola em seus contextos sociais.

O distanciamento social e a suspensão das aulas presenciais trouxeram reflexão para toda a comunidade escolar, com a paralisação forçada, educadores, pesquisadores e gestores da área da Educação estão buscando meios de renovar o ensino. As práticas pedagógicas devem estar voltadas ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais como caminho para o sucesso escolar, principalmente na educação básica.

Para tanto é preciso investir no professor, desenvolvendo habilidades e novas competências, para que ele construa condições para realizar essa mediação da aprendizagem de forma consciente e responsável.

Como diria Paulo Freire “Educar é impregnar de sentido ao que fazemos a cada instante, a cada momento da vida, a cada ato cotidiano! (…) Não se pode falar de educação sem amor”.

1) FREIRE, P., Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 14ª ed. São Paulo: Editora Olho d’Água, 2003.

2)PALÚ, J et al. Desafios da Educação em tempos de Pandemia. Editora Ilustração Cruz Alta – Brasil, pag.34, 2020

3) KIRCHNER, E. A. Vivenciando os desafios da Educação em tempos de pandemia, pag. 50 – Ed. I. Cruz Alta, 2020

4) Educa22 disponível em: https://www.educa2022.com/post/crise-pode-virar-cat%C3%A1strofe-de-aprendizagem

 

 

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