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Qual a diferença entre Informação e Formação.

Qual a diferença entre Informação e Formação.

O enorme número de dados e informações que recebemos por dia, seja no celular, ipad, computador e afins, chega de forma desordenada e sem filtro. Não dá tempo de pensarmos mais sobre o que estamos lendo, ouvindo ou assistindo. Estamos presos a essa era tecnológica dentro de casa, o que de certa forma facilita nosso trabalho em home office e de outra, nos afasta do convívio humano e familiar.

As informações se materializam à nossa frente, vindas de todos os meios desde futilidades sem relevância à Fake News (notícias falsas). Não buscamos a fontes destas informações e chegamos até repassar dados falsos, sem procedência nem fonte segura. Acreditamos em algo construído por pessoas que só têm a intenção de enganar, manipular e usar a tecnologia de informações em benefício próprio, motivados sempre por razões muito ruins, se empenham em prejudicar os inocentemente crédulos.

O Prof. Dr. Guedes da USP diz que os livros clássicos, jornais e revistas impressos não cativam mais; em substituição vieram séries e filmes, blogs, fóruns, redes sociais, com fotos pessoais, notificações em celular e recados do Instagram. Sem mencionar que o Youtube vem com manual para o que se queria fazer, pois tudo está no tutorial. Além de profissionais de todas as áreas apresentando seus vídeos amadores ou vídeos de alta resolução, mas sem conteúdo. Isso tudo é Informação.

Afinal como se define essa Era da Informação?

Trata-se de um termo utilizado para referir-se à realidade tecnológica como mediadora das relações humanas e das interações entre máquinas, essas últimas cada vez mais autônomas. Uma realidade onde todo mundo está conectado o tempo todo[1]

Precisamos usar todo esse aparato tecnológico a nosso favor, pois não é a tecnologia que é ruim, o mau uso que se faz dela que não é bom e nem ético. Também não devemos usá-la nos afastando do que é humano, ou seja, desconectando pessoas, coisificando relações, perdendo a concentração e adoecendo emocionalmente.

A Era da Informação é a realidade desse momento e desta época, veio para ficar, sem retrocesso.  Não se aceitam mais desculpas para colocar-se alheio ao que acontece no mundo ao nosso redor.

Como fica a Formação Integral?

A formação integral se faz necessária para o desenvolvimento pessoal, profissional, nas relações de trabalho e sociais. O que implica em restabelecer o encontro entre a integridade e a ciência.

Na integridade o profissional deve buscar uma formação sólida que inclua a preocupação com o homem em sua totalidade. O desenvolvimento integral está ligado diretamente na formação da identidade e na construção da cidadania, em um processo evolutivo de leitura de histórias de vida.

A partir do momento em que você descobre sua identidade profissional e consegue construí-la de forma estruturada, isso vai lhe servir de guia em diferentes fases da vida, saberá qual caminho seguir após a formação acadêmica.

Atualmente a formação não termina quando obtemos um diploma universitário – graduação, mestrado ou doutorado. Nosso aprendizado, na Era da Informação deve ser diário, contínuo, sistemático e holístico. É preciso desenvolver um conjunto complexo de habilidades, aptidão na resolução de problemas, discernimento, escuta qualitativa, se expressar de forma coerente e ter uma comunicação eficaz.

O autoconhecimento é um dos aspectos que faz de você um profissional único.  Isso porque é impossível descobrir a identidade profissional sem ter um conhecimento profundo sobre si mesmo.

Na ciência é fundamental buscar uma formação que traga conteúdos intelectuais e culturais que agreguem valores científicos ao trabalho profissional. Há um visível empobrecimento no universo cultural de alunos e profissionais que buscam especializações e isso em todas as áreas do conhecimento.  Assim é preciso reforçar e compensar essa deficiência, que vem desde o início da vida escolar, pois este é o momento tecnológico propício para buscar especializações e uma formação sólida.

Essa Era da Informação será para os profissionais que buscam novos saberes constantemente, que pesquisam, pensam, refletem e decifram a realidade, com atitude investigativa para fazer bem feito seu trabalho. Um profissional que queira ser bem-sucedido não pode se permitir imitar os outros ou comprimir seus pensamentos e ações em moldes vulgares e desgastados.

Não pode ser um profissional que se contenta somente com o status quo, e não pode ser alguém que conduz seu trabalho levianamente.  A formação integral é fundamental para o desenvolvimento completo do profissional, que precisará dosar suas escolhas com sabedoria. Profissionais que optam por realizar um curso fácil e rápido sem continuidade não vão se firmar por muito tempo, em um mercado de trabalho cada vez mais exigente.

Da mesma forma, ter somente uma boa formação não basta; é preciso ter bons conhecimentos de informática e de tecnologia para realizar processos em âmbitos variados. Isso ajudará no desenvolvimento de competências críticas e sociais. Isso tudo é Formação Integral.

Recursos Tecnológicos para os profissionais de Terapia Familiar

Os recursos tecnológicos ganharam espaço no sistema familiar, o uso descontrolado dessa ferramenta já apresenta consequências para as relações e interações familiares, a principal é a falta do diálogo entre pais e filhos.

O ambiente de trabalho tem ficado em casa neste momento de distanciamento social, e a tendência é continuar dessa forma, mesmo no pós-pandemia, acarretando problemas na esfera social. Em casa os pais acreditavam que controlariam melhor o horário de trabalho, mas não conseguiram, e ainda dobraram as horas trabalhadas, resultando em um tempo maior que as crianças ficam jogando na Internet, se comunicando por  whatsApp, e muitas vezes, sem a supervisão de adultos, que não sabem com quem seus filhos estão conectados, trazendo risco real para dentro de casa.

Com isso o ambiente familiar tornou-se um lugar em que os pais e filhos estão fisicamente próximos, mas sem interação uns com os outros, muitas vezes se comunicam só por mensagens. O uso da tecnologia de forma descomedida traz demandas tanto familiares como sociais, pois a família adoecendo aumenta o consumo de serviços nas áreas da educação e da saúde mental. Os filhos não se desenvolvem intelectualmente a contento e profissionais da saúde mental, psiquiatras, psicólogos e terapeutas familiares são acionados.

Os profissionais deverão conhecer as tecnologias usadas, tanto no vício em jogos de internet, que levam crianças, adolescentes e jovens a ficarem horas, conectados, causando conflitos importantes na família, quanto na orientação de pais, de como voltar a ter autoridade maior dentro de casa. Colocando fronteiras mais nítidas para o crescimento emocional de seus filhos.

A formação integral do Terapeuta Familiar deverá se conduzir por ações mais estratégicas, aliada a uma profunda compreensão teórica dos processos globais, buscando maior consistência para enfrentar as disputas de poder na hierarquia familiar.

Portanto, para enfrentar essa Era Tecnológica é importante unir as informações relevantes para uma formação sólida, privilegiar o lado humano nas relações, buscar abordagens originais para recompor o leque de intervenções junto às famílias e por último, compartilhar saberes, trabalhar em equipe, supervisão e com projetos interdisciplinares.

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[1] Prof. Dr. Luis Fernando Ascenção Guedes – 25.01.2019 –  Fundação Instituto de Administração – FIA.

 

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